A lei e a liberdade


Sou da geração nascida sob a ditadura. E se tem uma coisa que luto e lutarei em quanto tiver forças é pela liberdade. Tenho verdadeiro horror a qualquer tipo de censura, seja ela de pensamento, de expressão, política, de comportamento ou religiosa.
 O homem nasceu para ser livre e pensar. E  nada, nem ninguém deve impedi-lo de fazê-lo.








A polêmica da volta da censura começou com a exposição censurada do Santander e continuou esta semana com a performance do MAM.

São duas coisas diferentes, porem interligadas.
O Santander organizou uma mostra genial com obras polêmicas que, óbvio não agradou a todo mundo. Mas pelo amor de Deus! Arte não é para agradar!!! Arte é para sensibilizar, chocar, estarrecer, encantar. Arte feita só para agradar, não é arte, é enfeite. 

A gente pode gostar ou não, se encantar ou não. Então é simples: não vá! 

Em todos os museus do mundo, onde a arte não é própria para uma determinada idade, existe uma placa antes da obra. No caso do Santander existia a placa.
Viu quem quis.
A liberdade é isso:  A arte está lá. Vai  ver quem quer.
A censura é isso: proibir quem quer ir, de ir e ver. 


E é entre a liberdade e a censura que existe a lei. A lei e o bom senso. 
Não pode haver liberdade sem respeito às leis. 
A liberdade individual não pode se sobressair à liberdade coletiva.
Eu não posso sair nua na rua. Ninguém iria gostar. Então a lei está aí para proteger todo mundo e não para me atender. 

Uma criança que toca num adulto desconhecido nú em pêlo pode não estar preparada para fazê-lo. Por isso a lei tem que proteger a criança, já que faltou à mãe o bom senso.

Daí a polêmica do MAM. O artista nú pode fazer a sua performance. Isso é liberdade. Uma mulher pode querer ver a performance e tocar o homem nú. Isso também é liberdade. Mas se uma mãe não entende que uma criança pequena ainda não consegue entender o que é arte, o que é sexo e o que é pornografia, aí entra a lei. 
Não estou dizendo que a performance do ator no MAM seja pornografia, muito pelo contrário. Para mim, Kika Gontijo, é arte. E pessoalmente eu prefiro a arte que me desagrade e que me cause desconforto. De confortável, já basta a minha vida.
O que estou dizendo é que embora a arte do homem nú possa - e deva - estar aberta ao público, junto com ela tem que existir a lei que proíba pais sem bom senso de expor seus filhos
a uma determinada performance que não é compatível para a idade deles
 Onde falta bom senso, é preciso a lei. 

Quando defendo com unhas e dentes a liberdade não quer dizer em nenhum momento que eu defenda a ausência de leis. 
Para a mãe que não teve o bom senso e expôs a filha desnecessariamente, a lei.
Para o artista e para o MAM, a liberdade de mostrar a arte.











7 comentários:

Anônimo disse...

Eu não sei se entendi muito bem sua posição. Você não é contra a exposição, mas é a favor de uma lei que proíba os pais de levarem seus filhos para vê-lá?
Acho muita polêmica para muito pouco. Uma exposição de arte, fechada, e uma menina vai lá e encosta a mão no pé de um homem pelado com o pinto mole.
Isso no país que tem carnaval, novela, baile funk, mais de oito milhões de crianças abandonadas, favelas, milhares de adolescentes grávidas.
Realmente, precisamos de uma lei que proíba uma criança de ver um pinto mole. Pq o pai dela não deve ter pinto. Aliás, se ela tiver pai, pq, se for de classe baixa, a chance de não ter pai (presente) é grande.
Esse falso moralismo no Brasil está assustador. Voltamos anos em horas.

Anônimo disse...

Realmente todo o comentário é uma bobagem!!!!!

Anônimo disse...

Nu nao tem acento. Palavra oxítona terminada em u não usa acento.

Anônimo disse...

Nu nao tem acento. Palavra oxítona terminada em u não usa acento.

Anônimo disse...

kkkkkkkkkkkk esses comentários. PQP

Anônimo disse...

"Se tudo é arte, nada é arte" (Drummond 2009)

Anônimo disse...

Essa turminha da qual deve fazer parte o anônimo lá de cima,não precisa nem terminar a frase para se saber o resto.Estão se apegando a questão da nudez.Acontece que ,nesse caso,a nudez é um eufemismo.É aquela história do tudo pode,"o wue é que tem"...E aí cafa vez mais "o que é que tem"...E as crianças a achsrem que não tem mal nenhum,qusndo aquele tiozunho,aquele padrasto mal intencionado, aquele "amigo" da mãe ou do pai,disser:o deita aqui com o tiyio e passa a mãozinha no meu pinto,vamos brincar de museu,não tem mal nenhum.Ah,faça- o favor.Se a arte não tem limites,alguém deve ter bom senso.É podridão demais tomando conta.Tem coisas melhores para ver.Desculpe algumas trocas de letras,meu corretor até pirou!!!