Kika aos 50

Não tive muitas ´´crises´´ na minha vida, embora eu seja uma pessoa ´´crisenta´´ de nascença e bem chatinha. Não tive a famosa ´´crise da adolescência´´, até porque se tivesse tido minha mãe resolveria num minuto: ´´crise da adolescência  a gente resolve com castigo e uma ou duas palmadas´´.  Já sabendo disso, achei melhor não ter...
Não tive a famosa crise dos 30 nem dos 40. Nestas idades eu estava muito mais preocupada em cuidar dos meus filhos, fazer Para Casa, levar ao Minas, fazer sacolão, trabalhar, cuidar da casa, do marido, de mim mesma, e em ganhar dinheiro. As demandas eram tantas, que não me importei a mínima se estava fazendo 35, 40 ou 49.
Tudo mudou com a chegada dos 50 anos. Parece que os 50 são o entardecer da vida. Aquele pôr do sol que já está avermelhando. É quando a noite ameaça chegar, mas ainda há um restinho de dia para aproveitar...
Aos 50 já não tenho tantas solicitações domésticas, já tenho o meu trabalho, meus filhos estão grandes e minha vida está estável. Aí vem a famosa e inquietante pergunta: ´´já passei da metade da minha vida útil. Já cruzei, há muito, o Cabo da Boa Esperança. Como quero viver os poucos anos que me restam?´´
Eu ainda não sei. Estou em ´´crise´´, lembram? Ainda estou pensando. Mas de uma coisa eu sei:








P.S. Te dedico minha amiga querida. Adorei conversar ontem com você. Poder falar da gente para quem a gente sabe que nos entende não tem preço. Obrigada.
P.S.2: também te dedico Clô, Rachel Távora, Clissia Pena e Cidoca Nogueira. Obrigada pelas nossas saídas e pelos longos e proveitosos papos.



8 comentários:

Anônimo disse...

Kika, como não estou inspirada neste momento, faço das suas as minhas palavras. Como descobrimos ontem, estamos passando pela mesma crise. Tb é a minha primeira! Rsrss Não me importo de estar envelhecendo, mas hj sinto um buraco, alguma coisa q está faltando e me pergunto: quanto tempo tenho para preenchê-lo???? Obrigada por compartilhar comigo suas aflições e incertezas, agora sei q não estou sozinha. Bjs

Anônimo disse...

Eu gostaria de poder lhe ajudar, mas não sei como ajudar. Então vou lhe dar um abraço. E lhe repassar o que uma vez alguém me disse: tristeza é pra reequilibrar o organismo. Pega os recados que ela trás porque são os mesmos da felicidade. Só que quando se está feliz não tem tempo de ler os recados. Com a tristeza se ganha um presente do universo: tempo.

Anônimo disse...

Minha amiga virtual, Kika, também estou vivendo um pouco dessa crise. Em 26/01 faço 51 (uma Boa Idéia). Nada fácil! O que sinto mais dificuldade? em equilibrar o que minha mente quer com o que meu corpo aguenta. Eita... Sempre me cuidei e me cuido; ginástica, alimentação, saúde mental etc, mas fui surpreeendida com uma ansiedade incomum e aumento de pressão sanguínea. Climatério com certeza... Menopausa batendo à porta... Quando o médico me falou que poderia estar hipertensa, quase caí da cadeira. Pensei, caramba, posso morrer a qualquer momento, caramba não depende só de mim, caramba meu corpo já está mostrando que está aos poucos cansando. Mas, e daí? vou viver um "dia de cada vez", como ensinou JESUS. Vou viver cada dia como se fosse o último, tristezas que tanto me amedrontam fazem parte da existência; alegria que tanto buscamos passa... Tudo passa! Vamos caminhando e aprendendo e o mais delicioso é que se temos sabedoria para viver vamos nos libertando de nós mesmos.
Obrigada Senhor chegamos até aqui! Abraços! Vania Figueiredo

Unknown disse...

Lindeza! Adoro você!

Clo disse...

Nossas conversas e nossa amizade são tudo que temos de melhor nesta vida!!

Pelo menos sempre temos uma ao lado da outra para nos amparar, para trocar ideias, para chorar e rir juntas!

Irmã que a vida me deu!! E que com certeza passaremos mais a outra metade das nossas vidas juntas, brigando, implicando, rindo, chorando, reclamando, fofocando e curtindo o que de melhor está vida maravilhosa nos proporciona!!

A nossa amizade!!

Te amo Kikota!!! ❤️❤️

Anônimo disse...

Kika, talvez eu tenha passado por essa crise aos 29, quade 30, quando descobri que tinha uma doença renal crônica genética que pode levar à falência renal aos 50. Ali eu já tinha, portanto, vivido mais que a metade da minha vida saudável, já era o meu entardecer... E foi ali que aprendi, de verdade, a entregar minha vida ao Senhor. Assim como o apóstolo Paulo, vivo com um 'espinho na carne' que me faz lembrar todos os dias que a vida é uma dádiva de Deus e que preciso d'Ele para viver e ser feliz. Hoje, quase aos 50, cada dia que acordo e que tenho meus rins funcionando bem, é como se fosse um novo amanhecer.
Beijos carinhosos. Kívia

Anônimo disse...

Kika, confesso que não senti essa crise qdo cheguei aos 50.Hoje com 54. Como vc mesma disse, me sentia tranquila, com a vida feita, casada sem preocupacoes financeiras e,tendo o privilegio de ter conseguido o que desejei para mim.
Mas, vem a vida e te da um cutucao. Não considero uma rasteira porque hoje vejo que foi para o meu crescimento. E que crescimento!!!
Depois de 30 anos de casada me separei. Meu mundo virou de cabeça para baixo. Sabe o que e chorar 365 dias em um ano? Literalmente todos os dias? Fui traída, magoada, desrespeitada.Enfim, todas aquelas agressões da alma que acontecem qdo vc se casa jovem, constrói uma vida com a pessoa q vc sempre achou q era o amor da sua vida e se dedica de todo coração.E, como os 50 e mais do que a metade do que a gente já viveu ,agradeço ao Senhor todos os dias por ter acontecido com mais experiência e maturidade para enfrentar e lutar pelos meus direitos. Hoje sou uma nova mulher. E como vc mesma disse: "Foi o meu tempo da travessia"."Levantei, sacudi a poeira e dei a volta por cima". Hoje estou vivendo os meus 54 com novos caminhos e conhecendo novos lugares na minha alma em que nem pensava que existissem.E, amigas sinceras sempre do meu lado. Na mesma faixa etária. Ajudando e cuidando uma das outras. Buscando a felicidade e nos confortando em uma terapia deliciosa qdo nos encontramos.E Deus estando sempre ao meu lado. Os 50 podemos tirar de letra se tivermos paz na alma e pessoas queridas ao nosso redor.O tempo não para...

Anônimo disse...

Kika , poucas vezes me lembro de uma manifestação tão sincera como da anônima acima . Valeu !